quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sandro (In)dependente



Um novo olhar para a criação

Fazer arte no Brasil é difícil, ainda mais quando se trata de dança. Como o público em sua grande maioria não consegue entender o que o artista criador quer dizer com a movimentação, ela acaba ficando no campo do estético.
Por falta de ferramentas o público acaba avaliando a dança pelo conjunto estético e não pelo sentido da obra e seu conteúdo conceitual.
A dificuldade para obter investimento compatível com as pesquisas voltadas para uma criação mais aprofundada, onde o artista realmente faz o que ele quer fazer e quase impossível quando a concorência é com produções que apenas buscam proporcionar o entretenimento do público.
Sandro Borelli é um artista que cria o que não é apenas estético, ele não só cria como recria suas próprias coisas e quando não esta criando ele inventa. Uma de suas invenções, que podemos considerar uma transformação para os artistas da dança é a Mostra (in)dependente de dança?, onde temos vários artistas apresentando seus trabalhos.
Em um texto publicado no Idanca, Deborah Rocha descreve a "revolução" que Sandro Borelli vem fazendo e passando no cenário da dança brasileira. Ela começa pelo extinto grupo F.A.R 15 que ele criou em 1997 e chega na 2ª Mostra (in)dependente de dança? deixando bem claro a importância dele para o segmento.
Na matéria publicada no site Rede Brasil, Sandro Borelli diz: “fazer arte precisa ser um ato político e reflexivo, sempre, e o fato dos grupos participantes da mostra serem fomentados não anula a discussão sobre a ‘independência’ (ou não) do fazer artístico”.
Além de questionar a independência dos grupos de dança com um ponto de interrogação no final do nome da mostra ele propõe debates sobre temas ligados a criação artística, Workshop e demonstração de trabalho.
Lembre-se dançar é viver!

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